
Embora pouco falada e com abrangência bastante rara, de 1 caso em cada 600 nascidos vivos do sexo masculino, a Síndrome de Klinefelter é um problema grave, que pode causar a infertilidade. Trata-se de uma alteração genética, que afeta os indivíduos, com um cromossomo X excedente. Os cromossomos sexuais determinam se o indivíduo será do sexo masculino ou feminino: homens têm cromossomos XY e mulheres XX. Assim, ao invés da contagem cromossômica normal (46) e do par XY, o portador de Klinefelter possuirá 47 cromossomos, sendo XXY. “A origem da síndrome está em um processo chamado de não-disjunção, que ocorre durante a formação do óvulo ou do espermatozoide. Nessas ocasiões, os cromossomos sexuais não se dividem como deveriam, e seguem em duplicação depois da fecundação, na fase de divisão celular embrionária”, explica o médico Fábio Vilela, do IVI Salvador.Com essa alteração, o indivíduo tem o funcionamento inadequado das gônadas e, por consequência, produz hormônios sexuais masculinos em quantidade insuficiente. A gravidade dos sintomas será maior conforme a quantidade de cromossomos X excedentes. Apesar de os casos mais comuns serem representados pelo segmento XXY, existem anomalias mais raras, com 3, 4 e até 5 cromossomos femininos extras.Os sintomas da síndrome de Klinefelter costumam ser mais evidentes durante a puberdade. De todo modo, também existem casos em que o portador não manifesta nenhum tipo de alteração significativa. Nesses casos, o paciente termina recebendo um diagnóstico tardio, que pode ocorrer até por meio da investigação da infertilidade, quando se depara com o quadro, já na idade adulta. Quando se apresentam, os sinais mais comuns da síndrome são retardo no desenvolvimento motor, atraso puberal, redução no crescimento dos pelos faciais, corporais e pubianos; e pênis e testículos em tamanho reduzido.Estatura elevada, com pernas e braços alongados e aumento da envergadura, ombros estreitos, quadris mais largos, síndrome metabólica, obesidade abdominal, fragilidade óssea e muscular, risco aumentado de distúrbios autoimunes, problemas pulmonares crônicos, hipotireoidismo e doença venosa periférica também podem ser indícios de que o homem é portador da síndrome. Além dos sintomas físicos, o problema também pode afetar o desenvolvimento intelectual e cognitivo do indivíduo, causando déficits no quociente de inteligência (QI).
Relacionadas
Ver maisAtividade física é apontada como “remédio natural” contra doenças crônicas
18/06/2025 às 12:10
Por Redação
Temporada de Forró: ritmo alivia o estresse, queima calorias e fortalece os músculos
10/06/2025 às 11:51
Por Redação
3 sinais de que os procedimentos estéticos e o skincare já não entregam mais o resultado esperado
03/06/2025 às 11:10
Por Redação