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"Festival Capão in Blues" encerra edição com praça lotada e confirma edição 2026

"Festival Capão in Blues" encerra edição com praça lotada e confirma edição 2026

Por Redação

25/11/2025 às 11:33

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Foto: @olhosdelincefilmes

O Capão in Blues 2025 encerrou sua segunda edição neste sábado (22) com uma cena que ficará guardada na memória afetiva do Vale: a praça completamente tomada por famílias, turistas, moradores e amantes da música, todos reunidos sob o céu aberto da Chapada Diamantina para viver um dos momentos culturais mais intensos do ano. O que começou como uma tarde fria transformou-se em uma noite quente de encontros, emoção e celebração coletiva ao som de grandes estrelas musicais.

Durante três dias, o centro do Vale foi iluminado pelas luzes do palco e pelo movimento constante do público, se tornando um grande anfiteatro natural. Segundo estimativa da Polícia Militar, cerca de oito mil pessoas circularam pelo festival ao longo de toda a programação, chegando de todos os cantos, carregando cadeiras de praia, casacos coloridos, crianças nos ombros e um sentimento bonito de pertencimento. Cada música parecia pulsar junto com o vale, ecoando nas montanhas e criando uma atmosfera que só quem esteve ali consegue descrever.

O festival também contou com a presença simbólica da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, que acompanhou parte da programação de encerramento de forma discreta entre o público, reforçando o reconhecimento institucional e o impacto cultural do Capão in Blues. O evento recebeu ainda o artista plástico Sérgio Rabinovitz, criador da marca do festival, que se mostrou profundamente feliz ao ver sua criação espalhada pelas ruas, palcos e espaços do Vale e se encantou com a excelência musical.

Uma noite marcada por grandes encontros musicais

Um dos pontos fortes do Capão in Blues é a escolha primorosa dos músicos que compõem a grade artística do festival. Essa curadoria de excelência é assinada por Eric Assmar, um dos grandes nomes do blues no Brasil, que reuniu verdadeiras pérolas do gênero e trouxe ao Vale do Capão o que há de mais expressivo na cena nacional. Depois de dois dias transbordando musicalidade e talento, a noite de sábado coroou o encerramento com apresentações marcantes: Júlio Caldas e Lia Chaves abriram a festa com técnica, ancestralidade e um diálogo musical que atravessa gerações. Júlio apresentou faixas do seu novo álbum, Blues do Delta do Paraguaçu, dialogando com a musicalidade do recôncavo, enquanto Lia trouxe a força de sua voz, carregada de histórias, identidade e presença cativante.

Na sequência, o público foi arrebatado pelo encontro vigoroso entre Armandinho Macedo e Eric Assmar. Eles transformaram o palco num laboratório vibrante onde guitarra, frevo, rock e blues correram soltos, em uma sintonia que emocionou profundamente quem estava na praça. Os dois lançaram recentemente o álbum Assmar & Osmar, que celebra a guitarra baiana e a liberdade criativa que marca suas trajetórias. A apresentação foi recebida com entusiasmo, marcada pelos depoimentos carinhosos de Armandinho sobre a energia única do Vale do Capão e pela alegria de Eric ao destacar a recepção calorosa do público, dos moradores e dos empreendedores locais.

JJ Thames encerrou a programação com um dos shows mais potentes da edição. A cantora norte-americana tomou a cena com domínio absoluto, unindo soul, blues, gospel e R&B em uma performance de grande força vocal e emocional. Da sua entrega surgiu uma conexão imediata com o público, que  extasiado, acompanhou cada movimento em um dos momentos mais intensos da noite. A apresentação confirmou JJ como uma das grandes vozes do evento e fechou o festival em altíssimo nível.

Um festival que cresce, integra e transforma

Com programação inteiramente gratuita, o Capão in Blues cresceu 50% em relação ao ano anterior. A curadoria uniu gerações e continentes, trazendo nomes como Rosa Marya Colin, que deixou a platéia boquiaberta, Jefferson Gonçalves, Kasia Miernik, Alma Thomas, Tutti Frutti, Luiz Carlini, Calu Manhães e Candombá Blues Dab, além dos artistas que marcaram a noite de encerramento. O impacto do festival ultrapassa a música, fortalece a economia criativa, amplia oportunidades para artistas e fornecedores locais, movimenta a cadeia do turismo e consolida o Vale do Capão como polo cultural da Chapada Diamantina.

Organização comemora conquistas e projeta 2026

Para Ildázio Tavares Jr., idealizador do evento ao lado de José Alves, a edição de 2025 ficará marcada não apenas pelos shows, mas pelo espírito de superação: “Enfrentamos uma chuva imensa na quinta-feira, mas, como tinha que ser, na sexta tudo floresceu. Entregamos um grande show. Este sábado também foi maravilhoso; aprendemos mais uma vez. O Capão in Blues nos ensina. Para 2026, já temos uma surpresa encaminhada com patrocinadores e, em breve, vamos divulgar. Estamos muito felizes com a curadoria, com as bandas e com o retorno do público. Foi difícil, foi trabalhoso, mas contamos com uma equipe nova, montada do zero. Imagine um time de futebol que precisa remontar toda a sua formação: nós também remontamos, mas conseguimos vencer. É isso que deixa a mim e a José tranquilos”, afirmou.

Apoio e realização

A edição 2025 conta com apoio institucional da Dax Oil, que há 24 anos atua no Polo Industrial de Camaçari com projetos em educação, tecnologia, gestão ambiental e inclusão social. O festival tem organização e coordenação do Grupo A TARDE, A TARDE FM e Viramundo Produções, produção executiva da Trevo Produções, apoio da Prefeitura de Palmeiras e da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, e patrocínio da Dax Oil e do Governo do Estado da Bahia, por meio do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

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