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Cici de Oxalá e Mario Omar narram histórias afro-brasileiras em São Paulo

Cici de Oxalá e Mario Omar narram histórias afro-brasileiras em São Paulo

Por Redação

06/02/2025 às 18:13

Imagem de Cici de Oxalá e Mario Omar narram histórias afro-brasileiras em São Paulo
A sabedoria e a cultura ancestral de mãos dadas com a leitura contemporânea da tradição oral. Essa é a proposta do encontro entre os contadores de histórias Cici de Oxalá e Mario Omar, que apresentam a aula-espetáculo "Oratura" no próximo sábado (8), a partir das 19h, na Praça de Eventos do Sesc Vila Mariana, em São Paulo. A entrada é gratuita.A Roda de Histórias seguirá a tradição oral bantu, com a transmissão de conhecimentos através dos mais diversos elementos da palavra, como a narração de contos, provérbios, cânticos e musicalização africana. Segundo os organizadores, a atividade é direcionada para professores, educadores sociais, contadores de histórias, comunidade de religião de matriz africana e afro-brasileira e pessoas negras em geral que se identificam com o tema.Para Mario Omar, que é e pesquisador da tradição oral, o evento pretende fortalecer a propagação do conhecimento empírico, mantendo vivo o legado da cultura africana na cultura brasileira."Levar para São Paulo essa vivência que fala sobre a Bahia e as tradições iorubá e bantu será uma vivência cheia de axé. Vamos fazer uma roda de saberes ancestrais pautados pelos conhecimentos antigos. Cici de Oxalá, conhecida como Vovó Cici, é uma grande mestra da nossa cultura ancestral. Foram as mulheres negras que socializaram a Bahia e o Brasil, então ouvir e aprender com uma mulher negra sobre tradição oral é muito importante", disse.Tradição OralA arte de contar histórias era feita pelos mestres da tradição oral, que faziam suas narrações no seio de sua comunidade. Não se pode definir uma data exata para o surgimento da prática, que antecede a escrita, o que se sabe é que era uma das principais formas de socialização e transmissão do conhecimento, transcorrendo as mais diversas culturas e civilizações.Na África, os contadores são os “reis da palavra”. Eles preparam seu povo para as plantações com seus contos, exortam os enfermos e sarava suas mazelas com suas narrativas, alegram as noites de verão e ninam os bebês com suas histórias.Na contemporaneidade os narradores modernos fazem o uso das fofocas, causos, lendas, contos do maravilhoso, recursos virtuais audiovisuais e palcos urbanos, adaptando a linguagem narrativa para os ouvintes e os espaços da cidade. Nos dias atuais, os contadores e contadoras de histórias têm mantido acesa a chama da palavra que continua sendo passada de geração em geração como faziam os antigos.

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