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CRÍTICA: "Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda" aposta na nostalgia e acerta em cheio

CRÍTICA: "Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda" aposta na nostalgia e acerta em cheio

Por Robson Cobain

06/08/2025 às 20:00

Imagem de CRÍTICA: "Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda" aposta na nostalgia e acerta em cheio

Duas décadas após Sexta-Feira Muito Louca (2003) marcar gerações, Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis retornam aos icônicos papéis de Anna e Tess Coleman em Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda, agora sob a direção sensível e bem-humorada de Nisha Ganatra (The High Note). E a surpresa? O raio realmente cai duas vezes no mesmo lugar — e com ainda mais força, renovando o frescor da história original com novos conflitos, gerações e gargalhadas.

Na nova trama, Anna (Lohan) agora é mãe e se prepara para se tornar madrasta, enquanto Tess (Curtis), agora avó e vencedora de um Oscar, vive mais uma grande mudança de vida. Quando os caminhos das duas voltam a se cruzar — e uma nova troca de corpos acontece — elas precisam, mais uma vez, encarar os desafios da empatia, da convivência e da família. O roteiro brinca com a ideia de que amadurecer não significa parar de se transformar, e o resultado é uma comédia afetuosa sobre conexões familiares em tempos modernos.

A direção de Ganatra equilibra com maestria a leveza do humor pastelão com momentos de reflexão genuína, proporcionando uma experiência envolvente para todas as idades. Ela também acerta ao modernizar a dinâmica da história, trazendo à cena duas jovens atrizes que são verdadeiras promessas de Hollywood: Sophia Hammons (Desencantada) e Julia Butters (Era Uma Vez em... Hollywood). Ambas trazem energia, carisma e timing cômico às novas gerações da família Coleman, e ajudam a renovar o fôlego da franquia sem perder sua essência.

Jamie Lee Curtis continua um espetáculo à parte, dominando comédia física e emocional com a naturalidade de quem conhece profundamente sua personagem. Já Lindsay Lohan mostra maturidade e segurança em seu retorno às grandes produções, sem abrir mão do charme que a consagrou no papel original. A química entre as duas permanece intacta — e talvez ainda mais divertida agora, com o peso das experiências vividas pelas personagens e pelas atrizes ao longo dos anos.

Com um elenco afiado, direção inspirada e uma história que respeita o legado do original ao mesmo tempo que se reinventa, Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda é uma comédia familiar que acerta em cheio. É um filme sobre crescer, mudar e rir de si mesmo — e mostra que, às vezes, é justamente nas situações mais absurdas que encontramos as lições mais importantes.

 

Nota: 4/5

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