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Duas d&eacute;cadas ap&oacute;s Sexta-Feira Muito Louca (2003) marcar gera&ccedil;&otilde;es, Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis retornam aos ic&ocirc;nicos pap&eacute;is de Anna e Tess Coleman em Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda, agora sob a dire&ccedil;&atilde;o sens&iacute;vel e bem-humorada de Nisha Ganatra (The High Note). E a surpresa? O raio realmente cai duas vezes no mesmo lugar &mdash; e com ainda mais for&ccedil;a, renovando o frescor da hist&oacute;ria original com novos conflitos, gera&ccedil;&otilde;es e gargalhadas.
Na nova trama, Anna (Lohan) agora &eacute; m&atilde;e e se prepara para se tornar madrasta, enquanto Tess (Curtis), agora av&oacute; e vencedora de um Oscar, vive mais uma grande mudan&ccedil;a de vida. Quando os caminhos das duas voltam a se cruzar &mdash; e uma nova troca de corpos acontece &mdash; elas precisam, mais uma vez, encarar os desafios da empatia, da conviv&ecirc;ncia e da fam&iacute;lia. O roteiro brinca com a ideia de que amadurecer n&atilde;o significa parar de se transformar, e o resultado &eacute; uma com&eacute;dia afetuosa sobre conex&otilde;es familiares em tempos modernos.
A dire&ccedil;&atilde;o de Ganatra equilibra com maestria a leveza do humor pastel&atilde;o com momentos de reflex&atilde;o genu&iacute;na, proporcionando uma experi&ecirc;ncia envolvente para todas as idades. Ela tamb&eacute;m acerta ao modernizar a din&acirc;mica da hist&oacute;ria, trazendo &agrave; cena duas jovens atrizes que s&atilde;o verdadeiras promessas de Hollywood: Sophia Hammons (Desencantada) e Julia Butters (Era Uma Vez em... Hollywood). Ambas trazem energia, carisma e timing c&ocirc;mico &agrave;s novas gera&ccedil;&otilde;es da fam&iacute;lia Coleman, e ajudam a renovar o f&ocirc;lego da franquia sem perder sua ess&ecirc;ncia.
Jamie Lee Curtis continua um espet&aacute;culo &agrave; parte, dominando com&eacute;dia f&iacute;sica e emocional com a naturalidade de quem conhece profundamente sua personagem. J&aacute; Lindsay Lohan mostra maturidade e seguran&ccedil;a em seu retorno &agrave;s grandes produ&ccedil;&otilde;es, sem abrir m&atilde;o do charme que a consagrou no papel original. A qu&iacute;mica entre as duas permanece intacta &mdash; e talvez ainda mais divertida agora, com o peso das experi&ecirc;ncias vividas pelas personagens e pelas atrizes ao longo dos anos.
Com um elenco afiado, dire&ccedil;&atilde;o inspirada e uma hist&oacute;ria que respeita o legado do original ao mesmo tempo que se reinventa, Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda &eacute; uma com&eacute;dia familiar que acerta em cheio. &Eacute; um filme sobre crescer, mudar e rir de si mesmo &mdash; e mostra que, &agrave;s vezes, &eacute; justamente nas situa&ccedil;&otilde;es mais absurdas que encontramos as li&ccedil;&otilde;es mais importantes.
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Nota: 4/5

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CRÍTICA: "Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda" aposta na nostalgia e acerta em cheio

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