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Em entrevista, Alexys Agosto reflete sobre a trajetória musical e inspiração em Gal Costa

Em entrevista, Alexys Agosto reflete sobre a trajetória musical e inspiração em Gal Costa

Por Redação

30/07/2025 às 11:27

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Com uma carreira repleta de histórias e paixão pela arte, a cantora e produtora Alexys Agosto é um dos nomes promissores na música. A artista traz para seu repertório as influências que a moldaram: música brasileira, com pop e MPB em sua essência. Seu amor pela música veio ainda criança, quando estudava violino na igreja, porém a paixão nasceu ao ver um show da cantora Gal Costa. 

Com uma mistura única de sensibilidade artística, técnica refinada e amor genuíno pelo ofício, a artista vem conquistando espaço no cenário nacional com seu trabalho, unindo talento e visão criativa para dar vida a sons que tocam, que marcam e que ficam.

Nesta entrevista exclusiva, ela compartilha detalhes da sua trajetória, os desafios da dupla função e os próximos passos de uma carreira que promete ainda mais. Confira agora:

Como foi o seu primeiro contato com a música?

Meu primeiro contato com a música foi ainda criança. Eu estudava violino para tocar na igreja dos meus pais. Foi quando aprendi a ler partituras e a ter o meu primeiro contato com estudo de música. Em casa também tive muito contato com música brasileira, eu era uma criança que ouvia muito Chico Buarque, Os Mutantes, Gal Costa. O primeiro show que fui na vida foi um show da Gal Costa na Virada Cultural em São Paulo. Lembro que me marcou demais a presença dela no palco e todo o público cantando com ela “Divino Maravilhoso”. Foi nessa época que me apaixonei pela música. 

Você se lembra do momento em que decidiu que queria seguir carreira musical?

Na verdade eu não tinha essa pretensão até a pandemia. Tentei ao máximo fugir da música, mas não deu certo. Eu estudava para ser uma profissional do teatro. Fazia graduação em artes cênicas, estava me formando enquanto dramaturga quando veio a pandemia. Sem a perspectiva de quando voltaria a pisar em uma sala de ensaio e voltar a trabalhar com teatro por conta do isolamento social, precisei me reinventar. Nas aulas de música que tive durante a minha formação teatral eu sempre sentia que eu tinha muita dificuldade com o canto e resolvi que era uma coisa que valia a pena um estudo melhor durante esse período. Mergulhei de cabeça no universo musical e tive que descobrir outros sonhos para não enlouquecer nesse período. Foi aí que eu comecei a focar em construir uma carreira musical. 

Que artistas ou movimentos musicais te influenciaram no início e ainda te inspiram hoje?

Os Tropicalistas me influenciaram demais, tanto nas artes cênicas quanto na música. Era um período de muita efervescência cultural em um momento muito complicado para o Brasil. Essa misteriosa força de resistência através da arte influenciou demais o meu trabalho. Artistas mais contemporâneos como Liniker, Linn da Quebrada e Maneskin acabaram ressoando muito no meu trabalho musical também. Sempre tento misturar referências de diferentes épocas da música para construir o meu som. 

O que mais te fascina no processo de produzir uma música do zero?

Descobrir como imprimir sonoramente os sentimentos que eu quero passar com aquela canção. Tem uma parte muito técnica em produzir uma música, mas também tem uma parte que é mais do campo sensível, de entender como diferentes timbres e ritmos podem contribuir para contar a história que está sendo contada na letra. Ver os elementos sonoros como elementos narrativos é algo que me fascina muito. 

O que podemos esperar dos seus próximos passos na carreira como cantora e como produtora?

Atualmente eu produzo três artistas que têm lançamentos previstos para o segundo semestre deste ano. Também estou organizando alguns lançamentos do meu trabalho autoral. A Futurística vai continuar a Viagem dela, mas dessa vez um pouco diferente. E tenho alguns shows agendados, pretendo circular cada vez mais com as minhas músicas e estar sempre cantando e mostrando o meu som para cada vez mais pessoas. 

Como foi idealizar o conceito e tema do álbum “A Fabulosa Viagem de Futurística”? Conta um pouco sobre ele?

O processo criativo de “A Fabulosa Viagem de Futurística” começou durante a pandemia, então foi muito solitário no começo. Eu queria criar essa personagem que é um ciborgue que se perdeu nesse espaço tempo. O álbum é dividido em três atos, que são três momentos diferentes dessa jornada. As composições refletem muito o que eu vivi nesses últimos cinco anos e a minha visão de mundo. Para construir as músicas eu misturei diversas referências que tenho da música brasileira, do pop e do rock. Estudei muito as músicas dos anos 80 para entender como usar os sintetizadores, a guitarra e fui desenvolvendo uma sonoridade que acho que é muito contemporânea. Quis fazer um álbum que quando o ouvinte desse play tivesse essa sensação de estar imergindo em um universo de ficção científica de filme antigo. Acho que consegui imprimir isso nesse projeto e me orgulho muito disso. 

O que a música representa na sua vida hoje?

A música é um respiro, é o que me dá forças para seguir em frente mesmo em momentos difíceis. É a melhor forma que eu descobri de expressar os meus sentimentos e de tirar o que está dentro de mim. Fazer música me dá muito prazer e hoje a minha vida gira em torno da música o tempo inteiro. Ou estou escutando algo, ou estou produzindo, ou ensinando sobre música já que também sou professora de teclado e piano. 

Existe alguma música ou álbum que mudou sua forma de ver o mundo?

O álbum “Pajubá” da Linn da Quebrada foi muito marcante para mim. Esse álbum saiu quando eu estava começando a minha vida adulta em São Paulo e começando a me descobrir, a sair de uma bolha cis normativa  e a perceber que temos diferentes possibilidades de existência. Foi um álbum que possibilitou eu ver outros horizontes e me ensinou muito sobre questões de gênero.

Agradecimento: DD Assessoria

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