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CRÍTICA: Thunderbolts* — Um acerto surpreendente no instável universo recente da Marvel

CRÍTICA: Thunderbolts* — Um acerto surpreendente no instável universo recente da Marvel

Por Redação

30/04/2025 às 20:00

Atualizado em 01/05/2025 às 00:12

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"Thunderbolts*" chega aos cinemas com a difícil missão de reconquistar o público após uma série de decepções recentes da Marvel, e o faz com competência, emoção e energia renovada. O longa apresenta uma narrativa coesa, com início, meio e fim bem definidos, uma trama envolvente e lutas coreografadas com precisão e impacto. A ação é bem dosada com momentos de humor e carga emocional, e a abordagem da saúde mental entre os personagens foi um acerto que adicionou camadas inesperadas ao roteiro.


O elenco é um dos pontos altos do filme. Florence Pugh entrega uma performance comovente e concisa como Yelena Belova, mostrando várias facetas da personagem com naturalidade. Sua dor, humor ácido, vulnerabilidade e força são traduzidas com perfeição em cena, consolidando ainda mais sua presença como uma das figuras centrais do novo universo Marvel. David Harbour também se destaca, equilibrando bem o tom cômico com a ternura de um herói falido que nunca deixou de se importar com sua filha. Ele traz leveza e coração ao filme, apesar do estereótipo Russo caricato. Sebastian Stan retorna como Bucky Barnes, em uma atuação mais contida, porém  mportante. Embora não tenha tanto destaque, ele cumpre o papel de eixo moral do grupo (e do filme). Já a personagem de Hannah John-Kamen, Ghost, consegue intrigar o espectador. Sua história visivelmente mal explorada nesta fase deixa a sensação de que há muito potencial a ser desenvolvido em possíveis continuações. A surpresa do filme gira em torno do personagem de Lewis Pullman, Bob, que traz uma nova luz – de maneira muito interessante - às consequências de um passado conturbado em alguém que adquiriu poder. Um ser humano sem controle sobre sua própria mente, é capaz de ser um super-humano que controla os próprios poderes? Qual o impacto de querer super-heróis para a sociedade a qualquer custo?


Julia Louis-Dreyfus assume o papel de antagonista com carisma e uma dose calculada de cinismo, funcionando bem como catalisadora da formação do grupo. A dinâmica entre os integrantes dos Thunderbolts é convincente e bem construída. O filme não se resume a "agentes em missão", mas sim a indivíduos quebrados pelos próprios passados que, juntos, tentam encontrar novos propósitos — e isso torna a experiência emocionalmente mais rica, e que certamente gerará um movimento de identificação com os personagens.


Em suma, Thunderbolts* entrega muito mais do que o esperado. Em um momento em que o público começa a se distanciar da fórmula Marvel, o filme surge como um fôlego novo: humano, equilibrado e com espaço para crescer ainda mais.


 


Por @ana_korama

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