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Indústria cultural cresce 5,5% ao ano: saiba como o ‘olhar feminino’ tem revolucionado o setor
Indústria cultural cresce 5,5% ao ano: saiba como o ‘olhar feminino’ tem revolucionado o setor
Por Redação
11/09/2025 às 11:00
Até o ano de 2033, a Verified Market Reports projeta um aquecimento de US$ 800 bilhões no mercado de produtos culturais e criativos, segundo o relatório “Cultural and Creative Products Market”.
Englobando os segmentos de “música e áudio”, literatura, cinema, artesanato, moda, artes cênicas e conteúdo digital, a taxa de crescimento anual composta (CAGR) do setor se manteve estável, avaliada em 5,5%. Conforme o relatório, essa indústria é responsável por abranger profissionais de criação, produção e distribuição, em um polo multiprofissional de expertises diversas.
Diante da crescente valorização da diversidade criativa e à necessidade de múltiplos olhares, o cenário artístico-cultural se destacou pelos avanços femininos. Prova disso é que 31% das mulheres já ocupam cargos executivos nas artes; 25% administram os sítios do Patrimônio Mundial; além de representarem 30% da força de trabalho da indústria de jogos, segundo o informativo “Gender Equality at the Heart of Cultural Policies”, publicado pela UNESCO.
Acompanhando o aquecimento do mercado de ‘cultura’ pelos próximos oito anos, o setor tem abraçado o protagonismo feminino, da etapa de pré-produção à gestão artística. Inserida neste cenário, a empresária baiana e produtora cultural Marcela Silva se destacou no backstage da cultura nacional ao impulsionar artistas negros e LGBTQIAPN+, como no caso das cantoras Melly e Cinara.
Com um repertório amplo, a gestora explica que o ‘olhar feminino’ se destaca em áreas essenciais (e pouco debatidas) da indústria artística, como managers, roadie, A&R, iluminação, operação de som e vídeo, montagem de palco, direção técnica, cenotecnia e comunicação. “A abordagem feminina integra uma análise precisa das necessidades de cada projeto, otimizando a logística e elevando o padrão das performances. De áreas técnicas à estratégicas, elas têm se tornado líderes em aprimorar a eficácia dos fluxos de trabalho, ajustando com agilidade as demandas técnicas e criativas, criando ambientes mais inclusivos e colaborativos para a produção cultural de ponta. Isso explica não só o aumento da qualidade nos eventos, como o avanço global da cultura junto à liderança feminina”, explica.
Na vanguarda das transformações, a Verified Market Reports aponta para uma crescente demanda por experiências culturais personalizadas e únicas. É nesse sentido que Marcela, enquanto empresária preta, lésbica e “desfem”, vêm transformando o mercado artístico, valorizando a personalização e compreendendo a importância de lançar mais mulheres na ‘indústria cultural’, do invisível backstage aos sonhados palcos.
Para a manager, os múltiplos olhares do setor são uma oportunidade ‘parcialmente’ explorada, com margem para transformações. Após anos no mercado cultural, Marcela afirma que a inclusão de novas perspectivas é essencial para o crescimento da categoria, na América Latina e no mundo. "Falar de diversidade sem transformar o backstage é inviável. A presença feminina e uma cena cultural diversa são fundamentais para criar experiências autênticas e representativas. O próprio mercado exige uma transformação, e estamos prontas para levar a economia criativa para além da previsão de US$ 800 bilhões, com a assinatura feminina em todos os setores da economia", conclui.
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